Como esperava o escritor chinês Lu Xun que os leitores pronunciassem de "Ah Q", personagem da obra "A verdadeira história de Ah Q"? Cheong Kin Man e Mathilde Denison Cheong procuram respostas, recorrendo a diferentes traduções do livro.
O carácter “天” mostra-nos que, tanto nas suas formas mais remotas como na escrita informática mais recente, é possível observar uma ligação entre o céu (e natureza) “天” e o homem “人”. Esta ideia corresponde justamente ao pensamento chinês clássico de que o céu e o homem formam um conjunto.
No taoismo, a poeira simboliza uma vida. Uma vida tão ligeira quanto o pó. Paradoxalmente “uma poeira” pode ser também uma grandeza imensa, como o é no budismo, em que esta compreende toda a sabedoria do universo. Por isso, “poeira” pode ser uma metáfora para uma “grande diferença” ou algo “largamente diferente” na língua chinesa literária.
As imagens de confrontos entre a polícia e manifestantes não são coisa rara na imprensa. A situação em Hong Kong, antiga colónia da Coroa Britânica, e hoje região administrativa especial chinesa, tem sido nas últimas semanas um exemplo particular disso. É neste contexto que surge a urgência intelectual de clarificar a génese da palavra chinesa que designa esse conceito ocidental que é a “polícia”.
Estudar a etimologia, embora de forma amadora, tornou-se na minha grande paixão. Aprendi recentemente, por acaso, a palavra uigure “ئۆي” (öy), que significa simultaneamente “casa” e “quarto”. Esta descoberta conduziu-me à associação com os kanjis (caracteres japoneses, emprestados directamente do chinês clássico) utilizados para a palavra “quarto” em japonês moderno: “部屋”.
