a china além da china
destaques

EUA sancionam Carrie Lam e outros dirigentes por “minarem autonomia de Hong Kong”

August 8, 2020

EUA sancionam Carrie Lam e outros dirigentes por “minarem autonomia de Hong Kong”

FOTO: Yu Chun Christopher Wong (Shutterstock)

Entre os 11 dirigentes visados, estão também os secretários para a Segurança e para a Justiça da região administrativa especial e o director do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e de Macau do Conselho de Estado da China.

Os Estados Unidos anunciaram sanções contra a chefe de governo de Hong Kong, Carrie Lam, e outros dez dirigentes daquela região administrativa especial chinesa, por “minarem a autonomia de Hong Kong e restringirem a liberdade de expressão e de reunião dos cidadãos” da região.
A decisão de Washington surge na sequência da imposição da lei de segurança nacional para Hong Kong e prevê o congelamento dos activos americanos de Lam e dos outros responsáveis visados, que incluem ainda o secretário para a Segurança, John Lee Ka-chiu, a secretária para a Justiça, Teresa Cheng, o comissário das forças policiais de Hong Kong, Chris Tang, e o director do Gabinete para os Assuntos de Hong e Macau do Conselho de Estado da China, Xia Baolong.
“A recente imposição de uma lei de segurança nacional draconiana em Hong Kong não veio só prejudicar a autonomia de Hong Kong, mas também infringir os direitos da população de Hong Kong, permitindo que organismos de segurança do Interior da China operem com impunidade na região, e autorizando ‘educação de segurança nacional’ nas escolas de Hong Kong, minando o primado da lei e definindo uma base para a censura de indivíduos ou agentes que sejam considerados hostis pela China”, lê-se num comunicado do Tesouro norte-americano.
Regina Ip, membro do Conselho Executivo e apoiante da nova lei de segurança nacional, classificou as sanções de “totalmente irrazoáveis”. “Os Estados Unidos têm boas relaçoes com países que violam grosseiramente os direitos humanos”, disse Ip ao jornal South China Morning Post.
As sanções foram anunciadas um dia depois de Donald Trump ter assinado duas ordens executivas que estabelecem fortes restrições às gigantes tecnológicas ByteDance e Tencent, que detêm as aplicações TikTok e WeChat, respectivamente. A ordem executiva proíbe norte-americanos e companhias de fazerem negócio com estas plataformas, se não forem vendidas a empresas dos EUA nos próximos 45 dias. É uma “emergência nacional”, sublinhou Donald Trump, justificando a medida com a protecção de dados da população norte-americana.

Leave a comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *