Funcionários de serviço de correio rápido vendem dados de mais de 400 mil clientes
Através de cinco funcionários do serviço YTO Express, grupos criminosos tiveram acesso aos dados pessoais de cerca de 400 mil clientes
Um dos maiores serviços de distribuição de correspondência da China, o YTO Express, admitiu esta semana que cinco funcionários da empresa venderam informações de cerca de 400 mil clientes.
De acordo com informação avançada pelo portal Caixin Global, a empresa confirmou que os trabalhadores em causa permitiram que grupos criminosos tivessem acesso às suas contas internas em troca de 500 yuan por dia. As informações dos clientes eram depois vendidas a grupos fraudulentos de telemarketing, domésticos e estrangeiros. A identidade dos clientes, números de cartão de identificação, contactos telefónicos ou endereços foram alguns dos dados que acabaram nas mãos de terceiros.
Ainda de acordo com o portal Sixth Tone, que cita o jornal The Beijing News, em Setembro, as autoridades detiveram três pessoas que lucraram cerca de 1,2 milhões de yuan com o esquema.
A YTO Express já emitiu um pedido de desculpas e revelou que continua a investigar o caso.
Este não é o primeiro caso de violação de dados pessoais a envolver funcionários de organizações de entrega de correio. No ano passado, as autoridades desmantelaram um esquema que envolvia seis trabalhadores da Deppon Logistics que vendiam informações a uma empresa de comércio electrónico. Em 2018, dois agentes da Cainiao Global, a plataforma de rastreio de encomendas do Grupo Alibaba, programou leitores das embalagens para que estes retivessem informações dos utilizadores.