Mongólia Interior anuncia novo caso suspeito de peste bubónica
A região autónoma da Mongólia Interior já tinha confirmado este mês dois casos de peste bubónica, também conhecida por peste negra.
As autoridades da cidade de Bayannur, na região autónoma da Mongólia Interior, anunciaram no domingo a existência de um caso suspeito de peste bubónica. De acordo com a agência de notícias chinesa Xinhua, o aviso levou o comité de saúde local a emitir um alerta de terceiro nível (o segundo mais baixo de um sistema de quatro níveis), que deverá manter-se até ao final do ano. O alerta proíbe “a caça e o consumo de animais que possam causar infecções”, escreve ainda a agência.
Dois casos de peste bubónica já tinham confirmados no dia 1 de Julho na Mongólia Interior. Dois irmãos, de 27 e 17 anos, que estão a receber tratamento em dois hospitais diferentes, terão consumido carne de marmota, revelaram as autoridades locais.
No ano passado, foram conhecidos pelo menos outros cinco casos de infecção: em Maio, um casal morreu de peste bubónica após ter consumido rim cru de uma marmota; já no final do ano, um homem de 55 anos da região da Mongólia Interior ficou doente depois de comer carne de coelho selvagem; e duas outras pessoas em Pequim – também cidadãos da Mongólia Interior – foram colocados em quarentena após terem contraído peste pneumónica, uma das variantes da doença.
A peste bubónica, também conhecida como peste negra, foi responsável por um dos surtos mais devastadores da história, na Idade Média. A doença, que se espalha sobretudo por roedores, é provocada pela bactéria Yersina pestis que quando entra no organismo humano, através da picada de uma pulga ou da contaminação pelas vias aéreas, instala-se num gânglio linfático.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, nas últimas duas décadas, 50 mil pessoas foram contaminadas com a bactéria. O último surto registado em Portugal foi em 1899 no Porto. A bactéria chegou através de uma comunidade de ratos e pulgas vindos de Macau.